quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Os Mortos-vivos: sob a mira dos caçadores (v.11) (Robert Kirkman)



Após livrarem-se dos perigos ocasionados pelo aparecimento da manada de errantes, todos seguem viagem rumo a Washington e encontram um presente no caminho: uma van em perfeito funcionamento, cheia de colchões. Contudo, uma tragédia também ocorre: Ben, um dos gêmeos, mata seu irmão Billy, com ares de santa inocência. Logo se inicia uma discussão em que Abraham sustenta a ideia da necessidade de matar o garoto a fim de eliminar qualquer risco de que fato semelhante venha a ocorrer novamente. Nesse momento controverso, um novo personagem visivelmente perdido na mata encontra o grupo: o padre Gabriel Stokes. Posteriormente, durante a noite, Carl mata o menino Billy despistadamente.
               Em um descuido, Dale é capturado por três homens ao ir à mata urinar. No dia seguinte, o grupo sai a sua procura, considerando duas hipóteses: ele fugiu, atordoado pela morte dos gêmeos, os quais considerava como seus filhos; ele adentrou a floresta e foi atacado por errantes, já que sua mobilidade estava reduzida com a perna mecânica. De todos, Andrea era a mais aflita, uma vez que estava em jogo a própria vida do homem que amava. O grupo segue até que o Padre Gabriel lhes aponta a direção de sua igreja, onde poderiam encontrar alguns mantimentos e abrigo para repousarem. Durante a estadia lá, Andrea diz ter visto sombras correndo na floresta, o que indica que estavam sendo vigiados. De fato, outro grupo, cujo líder era Chris, estava no encalço deles.
       A nova ameaça agora era uma turma de canibais. Durante uma busca, Rick os encontra e eles tentam justificar que a fome é o que os leva a capturar humanos, decepá-los e comer as partes. Logicamente, tais argumentos não convencem Rick que demonstra desmedidamente sua fúria, deixando seus amigos alarmados, porém tranquilos quanto ao fim daqueles assassinos.
    O tema da religiosidade é retomado nesse volume quando, ao procurarem por Dale na floresta, Eugene e o Padre Gabriel discutem acerca da salvação daquelas civilizações que não conheceram absolutamente nada sobre o cristianismo. Seriam eles inclusos no seleto grupo que acolheu a mensagem salvífica e, portanto, cotados para viverem a eternidade junto de Deus? Paralelamente, a conduta do grupo de canibais dispõe acerca dos limites morais aceitáveis para a manutenção da própria vida. De fato, os transtornos causados pela infestação inexplicável do mundo vinham produzindo sempre mais uma onda de anomalias psíquicas que incitavam a práticas baníveis em uma sociedade comum. Haja vista não só o comportamento antiético dos caçadores como também das crianças, especialmente Ben e Carl. Quem antes era tido como inofensivo e indefeso agora estava se transformando em um serial-killer em potencial.
    O drama e o terror pareciam não ter fim. Contudo, já que Eugene conhecia a fórmula que gerou tamanha destruição, assim como o procedimento para extirpar de vez aquela praga, cabia aos sobreviventes a dura missão de seguirem firmes no propósito de chegar a Washington e salvar o mundo. Somente assim a ideia de um outro mundo possível poderia ter condições concretas de vir a tornar-se realidade.

REFERÊNCIA LITERÁRIA
Título:      Mortos-vivos, Os
Subtítulo: sob a mira dos caçadores (v.11)
Autoria:    Robert Kirkman / Charlie Adlard
Editora:    HQM Editora
Ano:         2012
Local:       São Paulo
Série:       Mortos-vivos, Os - Volume XI
Gênero:   Zumbi | Suspense | História em quadrinhos

Confira um trecho da série lançada pela AMC:

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