Imersos no caos do
apocalipse zumbi, o grupo da prisão vivencia tempos de calmaria. Lori recorda
momentos vividos com o falecido Shane, antes do aparecimento de Rick no
acampamento próximo a Atlanta; Gleen e Maggie casam-se em uma cerimônia
improvisada e presidida por Hershel; todos se divertem em descontraídos jogos
de basquete durante o dia e filmes pela noite.
A
escassez de recursos traz uma nova ideia ao grupo: encontrar o lugar chamado
Estação da Guarda Nacional, onde provavelmente os capangas de Woodbury teriam
pegado o forte arsenal de que dispunham. E assim, parte do grupo (Michonne,
Gleen, Maggie, Tyreese e Axel) segue em busca de novos armamentos. Lá não só
encontram o que precisavam, como também detonam o local a fim de impedir que o
grupo rival aumentasse seu arsenal de armas. Contudo, enquanto retornavam,
resolvem saquear um supermercado Wal-Mart e são surpreendidos pelos capangas do
Governador. Mesmo passando um susto quando Gleen é baleado no peito (que estava
protegido por um colete) os aventureiros conseguem eliminar todos os capangas e
se põem de volta à prisão.
Nela
as coisas não são as melhores. Lori entra em trabalho de parto e, numa
tentativa desesperada para manter o gerador funcionando, Billy se descuida e
Dale é mordido no tornozelo por um errante. A situação não é mais trágica
porque conseguem amputar o pé, antes que a infecção se espalhe. E assim, o
grupo alcança mais uma vitória com o nascimento de Judith.
Um
treinamento de tiro em campo aberto é o cenário onde novamente o tema da
religiosidade vem à tona. Enquanto Maggie mostra-se estritamente cética quanto
aos ensinamentos bíblicos, confrontados com a dura realidade que enfrentam, seu
pai Hershel reafirma o crescimento de sua fé, mesmo sem entender qual a melhor
interpretação dos fatos deva ser dada, à luz dos ensinamentos da Bíblia.
Quase
dois meses já haviam transcorrido desde a fuga de Woodbury e tudo estava
aparentemente calmo, sem nenhuma perda nesse período. No entanto, um dos
membros carregava silenciosamente consigo sua angústia. Carol, que já havia
tentado suicídio uma vez, consumaria seu trágico desejo ao se entregar a uma
errante capturada para que Alice pudesse fazer alguns exames médicos.
Levando-se
em consideração o terror de todo o universo da série Os Mortos-vivos, em relação aos últimos volumes, esse traz uma
tônica bastante leve, mesmo com os episódios terríveis que acontecem. O grupo
que já havia passado por crises de desentendimentos, perdas irreparáveis, fome,
frio e terror, agora lida com uma ameaça silenciosa e não menos cruel. Afinal,
o Governador certamente iria promover sua revanche. E tão prolongada quietude
poderia significar a necessidade de precauções para um poder de fogo arrasador
que estaria por vir. Uma visão mais realista dos fatos permite uma crítica, no
que tange aos sentimentos em relação à dor. O pé amputado de Dale, por exemplo,
apresenta uma recuperação recorde, como se o personagem tivesse sofrido tanto
quanto se houvesse perdido uma unha. Outro ponto diz respeito às reações
sentimentais do grupo. Tudo é assimilado de forma muito rápida e pouco
comovente. Após tantos volumes de perdas e arrasamentos emocionais, talvez seja
importante que os autores frisassem também a questão psicológica dos
personagens.
REFERÊNCIA
LITERÁRIA
Título: Walking Dead, The
Subtítulo: momentos de calmaria (v.7)
Autoria: Robert Kirkman / Charlie Adlard
Editora: HQM Editora
Ano: 2006
Local: São Paulo
Edição: 1ª
Série: Mortos-vivos, Os - Volume VII
Gênero: Zumbi | Suspense | História em quadrinhos
Gênero: Zumbi | Suspense | História em quadrinhos
Confira um trecho da série lançada pela AMC:
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