Inicialmente essa graphic novel foi lançada em cinco
pequenas edições. Posteriormente, a editora Devir lançou-a em formato widescreen (livro horizontal). Roteirizada
por Frank Miller e colorida por Lynn Varley a obra retrata um evento histórico
e lendário: a Batalha das Termópilas. A produtora norte-americana Legendary
Pictures lançou em 2007 um filme bastante fiel ao enredo da história em
quadrinhos.
O relato acontece em 480 a.C. durante
o período das Guerras Greco-pérsicas. Com a expansão do Império Persa em
oposição aos interesses comerciais das cidades gregas, o conflito tornou-se
inevitável. Os gregos eram cada vez mais oprimidos e frentes de resistência
surgiam. Contudo, o exército persa era temido por seu vasto número de soldados,
os quais eram conhecidos como Imortais. Mesmo assim, um grupo de 300 soldados
espartanos liderados pelo Rei Leônidas resolve marchar rumo ao enfrentamento
mais corajoso e cruel de suas vidas. Desde pequenos, os meninos de Esparta eram
submetidos a um rigoroso treinamento que lhes aguçava a raiva e o ódio.
Aprendiam a enfrentar os perigos das ameaças de animais selvagens, bem como
suportar o frio, a fome e o medo. Tudo isso visava provar-lhes a coragem e a
resistência.
Em uma primeira proposta de rendição
o rei Xerxes I enviara à Esparta um mensageiro. Leônidas ignorou a oferta
assassinando o arauto. Com isso o conflito se instalara. O rei espartano decide
então consultar os éforos - sacerdores dos antigos deuses - e esses lhe
advertem que respeitasse a Carneia - uma importante festa religiosa em
homenagem ao deus Apolo – e desistisse do ataque. Lêonidas vai contra a
recomendação e parte com seu pequeno exército rumo ao desfiladeiro das
Termópilas (ou Portões de Fogo) sem temer a contra-ofensiva persa que marchava
em duas frentes: os exércitos por terra e a frota marítima oferecendo
suprimentos. Durante o caminho um grupo de árcades soma-se ao exército grego. O
Rei Leônidas intencionava derrotar os persas beneficiando-se da geografia
grega, encurralando-os na única passagem que tinham para entrar em seus territórios.
Porém, um soldado aleijado de nome Efialtes descarregaria sua raiva por meio de
uma traição, já que Leônidas o recusara a juntar-se ao corpo militar, por
considerá-lo incapaz de levantar o próprio escudo. A batalha se estenderia por
três longos dias e noites, em um evento épico que marcaria a história pela luta
da minoria contra a maioria.
A grande marca dessa graphic novel é o a batalha desigual
entre os exércitos grego e persa. Mesmo assim, a ênfase dada ao rigoroso
treinamento que os espartanos tinham desde pequenos e sua força brutal durante
os combates, criam o clima de suspense necessário para que a narrativa se torne
ainda mais emocionante e pincelada de contornos míticos. Um destaque
interessante também é a quando Leônidas recomenda que seu capitão Dilios não vá
à batalha e sim fique para narrar o conto da vitória de Esparta à posteridade. Com
isso, os autores recontam o fato histórico com uma vivacidade tamanha, capaz de
fazer com que o leitor se identifique muito com o personagem principal (o rei
Leônidas e seus 300 soldados), na esperança de que saiam vencedores da grande
guerra pela liberdade.
FICHA LITERÁRIA
Título: 300 de Esparta, Os
Autoria: Frank Miller / Lynn Varley
Editora: Devir
Ano: 2006
Local: São Paulo
Edição: 1ª
Gênero: Épico | Guerra
Confira o trailer da adaptação para o cinema lançada em 2007:
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