Em
sua origem, Príncipe da Pérsia nada
tem de literatura, senão a inspiração que seu autor teve com a leitura do
famoso clássico As Mil e uma Noites.
O tema foi adaptado para as plataformas gráficas dos videogames e, portanto,
não demandava grandes explicações sobre a história, mas sim uma distração
eletrônica bem divertida. Contudo, os cenários gráficos dos jogos evoluíram e,
frente às novas tecnologias, as novas franquias de jogos suscitaram a
necessidade de algumas respostas acerca daquele personagem das telas: quem era
ele? Quais eram suas origens? Qual o escopo de sua missão? Esta graphic novel (romance em quadrinhos)
surge na tentativa de abordar esse tema, para que os fãs possam situar no tempo
e no espaço a história do príncipe. Paralelamente ao seu surgimento, também foi
lançado o filme Príncipe da Pérsia: as
areias do tempo, de forma que ambos conservam uma intrínseca relação.
Embora dotado do aspecto cômico e dinâmico que o estilo em história em quadrinhos proporciona, o contexto da história pode parecer um pouco confuso. Na verdade, são duas histórias de dois príncipes, em dois períodos diferentes e numa mesma localidade, a cidade de Marv. Os destinos de ambos, em algum momento e de alguma maneira, entrelaçam-se.
Embora dotado do aspecto cômico e dinâmico que o estilo em história em quadrinhos proporciona, o contexto da história pode parecer um pouco confuso. Na verdade, são duas histórias de dois príncipes, em dois períodos diferentes e numa mesma localidade, a cidade de Marv. Os destinos de ambos, em algum momento e de alguma maneira, entrelaçam-se.
No
século IX D.C. o trono de um palácio real era ocupado por três príncipes: Guiv,
Layth e Guilan. Uma dissidência entre eles fez como que Guiv fosse viver em uma
fortaleza, guiado pelo pavão Turul, enquanto Guilan estava grávida de Layth. Na
fortaleza, Guiv e o povo tem uma revelação de que uma criança nasceria e
derrotaria todos os soberanos e súditos que traziam a escravidão ao povo. O fato
se daria na terceira lua cheia do 481º ano da lua. Ao se aproximar, um decreto
imperial fez com que 72 crianças fossem mortas e enterradas em algum lugar,
tornando-se uma lenda no reino da Pérsia. Porém, o menino sobrevivera.
No
ano XIII D.C, a garotinha Shrin resolve fugir, frente à vida reprimida que o
pai lhe impunha. Em sua fuga, entra em um poço e encontra o jovem Ferdos, que
era incumbido da tarefa de abrir as compotas para que a cidade fosse irrigada. No
entanto, Ferdos levava uma vida anônima e escondida em um local bastante
secreto. Conhecia as histórias do passado e vivia a fantasia de que era um
príncipe, faltando-lhe apenas uma princesa. A profecia de que "um príncipe surgiria das águas onde
ninguém o conhecia" estava muito próxima de se realizar.
Ao
contrário do que parece, a história narrada e ilustrada em Príncipe da Pérsia não se baseia em nenhum dos jogos lançados sobre
a série. Tais jogos trouxeram várias versões do príncipe em contextos de
construção diferentes. Com isso, a obra em questão visa dar uma solução
definitiva ao impasse curioso sobre os primórdios do famoso príncipe guerreiro
e suas lendas, valorizando também o contexto social da história.
MECHNER,
Jordan. Príncipe da Pérsia: graphic novel.
Rio de Janeiro: Galera Record, 2010. 208 pgs.
Confira o trailer do filme Princípe da Pérsia: as areias do tempo
lançado em 2010: