Publicado no ano 2000, Harry Potter e o Cálice de Fogo traz o quarto livro da saga que
encantou leitores de diversas gerações no mundo inteiro. A Escola de Magia de
Hogwarts está prestes a viver um momento histórico e o senhor das trevas, Lord
Voldemort, auxiliado por seu subalterno Rabicho, aproveitaria a ocasião para
destruir seu arquirrival Harry Potter.
O mundo dos bruxos estava empolgado com um
acontecimento importante: a realização da Copa Mundial de Quadribol. Os Wesley
haviam convidado Harry para participar da final desse evento que reunia bruxos
do mundo todo para assistirem às partidas de quadribol disputadas pelos
melhores jogadores da atualidade. Mesmo sendo incomodado pelas constantes dores
em sua cicatriz, que o vinham atormentando nos últimos tempos, Harry aceita e
viaja na companhia dos amigos Rony e Hermione. Porém o encantamento dos jogos
foi acompanhado de grandes transtornos, principalmente por uma enorme confusão
depois que a Marca Negra e os Comensais da Morte de Voldemort apareceram no
acampamento, assustando a todos. A culpa havia sido lançada sobre Winky, um
elfo doméstico à serviço do Ministro da Magia, Sr. Bartô Crouch.
Passada a Copa Mundial, já era hora do retorno
às atividades na Escola de Magia de Hogwarts. Uma das mudanças naquele ano era
a chegada de Olho-Tonto Moody como o novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas. Além disso, o episódio ocorrido
com Winky durante o evento esportivo e a escravidão a que os elfos domésticos
eram submetidos na realização de tarefas corriqueiras em Hogwarts, deixara
Hermione indignada, no que a fez criar a F.A.L.E. (Fundo de Apoio à Libertação
dos Elfos), um movimento em prol das submissas criaturas. Mas as maior novidade
mesmo, era o Torneio Tribruxo, que teria a Escola de Hogwarts como sede naquele
ano.
O Torneio Tribruxo era uma competição milenar.
Consistia em competições esportivas de alto risco, restringindo-se aos
estudantes mais velhos, de forma que Harry Potter e seus amigos de classe não
poderiam se candidatar. Além de Hogwarts, as escolas de Durmstrang e Beuxbatons
também participariam, comandadas por seus respectivos diretores, Karkaroff e
Madame Maxime. Os alunos que preenchessem os requisitos necessários deveriam
depositar seu nome no Cálice de Fogo, que faria a escolha dos três campeões de
cada escola.
Na cerimônia de escolha dos campeões, três
nomes haviam sido eleitos: Vitor Krum, da Durmstrang; Fleur Delacour, da
Beuxbatons; Cedrico Diggory, de Hogwarts (casa Lufa-lufa). No entanto, um
quarto nome também fora selecionado pelo Cálice de Fogo: Harry Potter, de
Hogwarts (casa Grifinória). Como isso foi possível? Era um evento inédito e
causara muita polêmica, já que Hogwarts teria dois participantes e Harry não
preenchia o requisito de idade mínima. No entanto, após sérias discussões e
visto que a escolha feita pelo cálice era suprema, Harry fora admitido como
campeão.
As provas prosseguiam, cada uma desafiando os
campeões em um grau de alta periculosidade, em suas três tarefas: 1ª) a captura
do ovo dos dragões; 2ª) o salvamento no lago de Hogwarts; 3ª) o encontro da
Taça Tribruxo dentro de um labirinto. Não bastasse isso, Harry ainda teria de
suportar a inconveniente Rita Skeeter, jornalista tendenciosa e sensacionalista
do jornal “Profeta Diário” e os ataques
provocativos de um velho inimigo: Draco Malfoy. Porém, ainda pairava no ar o
mistério em torno de sua eleição como segundo campeão de Hogwarts. Seria uma
conspiração para que Harry fosse morto durante alguma das provas? Quem
conseguira depositar seu nome no imparcial cálice de fogo? O que estava por
trás da participação do pequeno bruxo nas provas, mesmo contra sua própria
vontade? O transcorrer do torneio evocaria os fantasmas do passado de Harry tão
presentes nos últimos anos em Hogwarts: a morte de seus pais, o mistério sobre
seu padrinho Sirius Black e a volta do temível bruxo Lord Voldemort, que não
mediria esforços para recuperar seu corpo físico e vingar-se definitivamente do
garoto.
Com as novidades em Hogwarts, o leitor pode
viajar também por um acervo de novidades na série Harry Potter. A cada volume,
Joanne Rowling impressiona um pouco mais pela criatividade e pelos mistérios
que cercam a vida do pequeno bruxo, bem como seu crescimento enquanto jovem,
evidenciado nessa obra, principalmente por seu acanho ao convidar uma garota
para o tradicional Baile de Inverno do Torneio Tribruxo. Harry está cada vez
mais frente a frente com seu inimigo, Voldemort. E as descobertas então
obscuras sobre a morte de seus pais lhe trazem memórias dolorosas que alimentam
a ira e a vontade de destruir o lorde das trevas. Uma batalha cada vez mais
iminente, embora não isenta de riscos para si e para os seus melhores amigos.
ROWLING,
Joanne K. Harry Potter e o Cálice de
Fogo. Rio de Janeiro: Rocco, 2001. 584 pgs.
Confira a adaptação para o cinema lançada em 2005:
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