Na
ficção policial, não há quem não conheça os célebres personagens referência do
gênero, que são Sherlock Holmes (criação de Arthur Conan Doyle) e o detetive
Hercule Poirot (criação de Agatha Christie). Muito mais do que sua fama, o que
mais intriga nessas duas figuras é sua perspicácia e astúcia no desvendamento
de crimes complexos e repletos de mistérios. Difícil dizer qual dos dois seria
o mais ágil na solução de um caso, mas certo é dizer que ambos gozam de um
prestígio grato de seus coadjuvantes.
Esta
edição em inglês, na verdade é uma adaptação condensada de três contos de
Arthur Conan Doyle sobre o intrigante Sherlock Holmes: 1º) A Liga dos
Cabeças-Vermelha (The Red-Headed League);
2º) A Aventura da Faixa Listrada (The
Adventure of the Speckled Band); 3º) A Aventura da Faia de Cobre (The Adventure of the Copper Beecher).
Juntamente com seu assistente Watson, Sherlock se arriscaria por perigosas
veredas à procura de pistas enigmáticas.
Na
primeira aventura, Sherlock é procurado pelo aflito Jabez Wilson. Jabez era um
agiota que, na urgência de dinheiro, caíra num golpe que podia o levar à
falência. O funcionário de Wilson, Vincent Spaulding, um dia lhe apresentara um
anúncio de uma certa “Liga dos Cabeças Vermelhas” que estava à procura de um
novo membro. Dentre os requisitos primordiais estava o de que o candidato deveria
ter o cabelo ruivo, daí a justificativa para o nome. Wilson fora o eleito em
meio a centenas de candidatos e fora lhe dado como atribuição, passar parte do
dia transcrevendo um volume da enciclopédia. Mesmo estupefato diante desse
trabalho, Wilson aceitou de bom grado e cumpriu assiduamente sua tarefa. No
entanto, tempos depois, deparara-se com um aviso de que a liga fora dissolvida
e, ao retornar, percebeu que sua loja havia sido arrombada e saqueada. Caberia
a Holmes e Watson descobrir o que havia sucedido e, especialmente o que o
funcionário de Wilson escondia com seu estranho hobbie como fotógrafo.
Na
segunda aventura, Holmes e Watson são surpreendidos, numa manhã bem cedo, pela
visita de Helen Stoner, visivelmente entristecida. Helen vinha sofrendo com a
misteriosa morte de sua irmã e vivia sob o jugo de seu padrasto, o Dr. Grimesby
Roylott. Este tinha um temperamento rude e agressivo, além do estranho gosto de
criar criaturas estranhas de estimação: uma onça chita, um babuíno e cobras
venenosas. Assovios estranhos pela noite vinham assustando Helen e ela via em
Sherlock e Watson a esperança para recuperar o sossego perdido.
Na
terceira aventura, os detetives são procurados pela Sra. Violet Hunter que lhes
narra sua longa história. Violet era uma governanta que, ao se deparar com uma
boa oferta num jornal, entra em contato com os anunciantes. A princípio, fica
atordoada frente a exigência de que cortasse os cabelos bem curtos e usasse
vestes atípicas mas, diante de suas dívidas, aceita a proposta. Os patrões eram
o Sr. e a Sra. Rucastle que, apesar de um pouco misteriosos, eram bons patrões.
No entanto, um quarto totalmente fechado, que o Sr. Rucastle dizia ser sua sala
de fotografia, intrigara Hunter. O pressentimento de que algo grave estava acontecendo
leva Violet a buscar ajuda dos detetives. Um crime envolvendo a filha dos
Rucastle, Alice, estava prestes a vir à tona.
O
que mais impressiona em Sherlock Holmes – fazendo até mesmo Watson exaltá-lo
como um grande profissional – é sua capacidade de elencar os fatos e reunir as
pistas exatamente onde foram deixados os vestígios. Afinal, não sem um pinta de
orgulho profissional, é marcante e mundialmente conhecida a célebre afirmação
do protagonista: “Elementar, meu caro
Watson! Elementar!”.
REFERÊNCIA
LITERÁRIA
Título: Aventuras de Sherlock Holmes, As
Autoria: Arthur Conan Doyle
Editora: Baronet Books
Ano: 1992
Local: New York
Gênero: Suspense | Policial