Após a morte do cônsul Mário, a ação dos
perseguidores obriga Júlio a fugir de Roma, deixando a esposa, Cornélia,
grávida, ainda que ele não soubesse. Nessa fuga, é capturado por piratas. Porém
esse revés acaba por revelar o líder que Júlio tornava-se cada vez mais e ele
cumpre a promessa que fizera, de que crucificaria todos os piratas que o
fizeram prisioneiro. Após essa vitória, Júlio parte rumo à Grécia para retomar
o território ocupado pelo Rei Mitrídates.
Enquanto isso, em Roma, para defender a família
e o legado de Júlio, Tubruk arriscara-se numa conspiração perigosa que culminou
no assassinato de ninguém mais do que o vitorioso Sila. Roma estava abalada com
o fatídico desfecho e os senadores viam nesse fato a oportunidade que esperavam
para consolidarem seus planos traiçoeiros e mesquinhos. Em outro plano, o amigo
de Júlio, Marco Brutus, fora designado para uma legião e tornara-se um ótimo
soldado e líder. Ele tomara o partido da defesa da família de Júlio e, com
isso, conseguira restabelecer a Primogênita, legião comandada pelo tio de
Júlio, Mário. Por conseguinte, seu envolvimento com a política da cidade eterna
também era cada vez maior.
Para espanto do Senado, contra todas as
expectativas, Júlio consegue sair vitorioso e derrota o Rei Mitrídates. Após,
retorna a Roma, onde colecionava diversos inimigos. Durante sua ausência, seus
opositores, em especial o senador Cato, tentaram tirar a posse de diversas de
suas terras, dando como certa sua morte, em virtude de seu sumiço. Júlio
enfrenta a justiça e consegue brilhantemente provar o ardil que fora tramado
contra ele. Consequentemente o ódio por sua pessoa crescia cada vez mais. No
âmbito familiar, não obstante, Júlio era como um desconhecido. Cornélia criava
sozinha a filha Júlia e ficara chateada quando Júlio ordenou que alguns
soldados da Primogênita fizessem a segurança dela e da família. Mesmo tendo seu
amor incompreendido pela esposa, Júlio nutria os mais sinceros afetos.
Pompeu e Crasso, antigos aliados de Mário e
líderes no Senado viam em Júlio o comandante perfeito para uma nova missão. O
Senado havia recebido a notícia de uma rebelião de gladiadores ao norte de Roma,
liderada por um ex-legionário cujo nome era Espártaco e seu amigo Crixus. Desta
forma, Júlio e Brutus são convocados para sufocar a rebelião e consolidar a
supremacia do poder de Roma na civilização ocidental. O exército de escravos
era numeroso e, embora formado por guerreiros amadores, vinha sendo muito bem
treinado por Espártaco, causando pilhagens em diversas cidades e o terror dos
moradores. No entanto, enquanto Júlio combatia os corajosos escravos, em Roma o
senado, sob a liderança de Cato, armaria um golpe ainda mais duro contra ele,
por meio de um atentado contra a vida de sua família, o bem mais precioso pelo
qual Júlio ainda via sentido em defender Roma dos perigos.
Em relação ao primeiro volume da série - Os Portões de Roma -, neste o autor opta
por uma narrativa mais focada nos fatos e menos enfeitada pela descrição dos
cenários e costumes daquela época. Em relação ao paralelo entre a ficção e a
realidade, uma nota história ao fim do livro esclarece o leitor sobre as poucas
mudanças que o autor optou por fazer, essencialmente em relação ao parentesco
de Júlio César.
REFERÊNCIA
LITERÁRIA
Título: Imperador, O
Subtítulo: a morte dos reis
Autoria: Conn Iggulden
Editora: Record
Ano: 2004
Local: Rio de Janeiro
Série: Imperador, O - Vol. II
Gênero: História | Épico
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