Embora um recinto aconchegante se considerado o
caos que o mundo vivia, Woodbury era também um reino de selvageria comandado
por um líder perverso e desvirtuado. Haja vista as lutas que promovia na arena,
como forma de divertir os moradores e iludi-los do caos, com duelos em meio a
zumbis decompostos e famintos. A personalidade atroz de Philip não era
conhecida por todos, o que lhe garantia certo prestígio e mérito por ser visto
como um defensor heroico. Nesse contexto, vivia Lilly Caul, ainda atormentada pelos
acontecimentos do último episódio (O
caminho para Woodbury) e também deprimida pela dor não resolvida provocada
pela morte dos amigos e do namorado. Somente a presença amiga de Austin, soava
como um alívio para o clima depressivo que vivia.
Woodbury era uma “ilha” rodeada pelos temíveis mortos-vivos, de forma que, dentro de seus limites, todos estavam seguros. A imagem benéfica de Philip era a bandeira de sua campanha entre os habitantes. Seu lado perverso era conhecido somente pelos seus capangas, pelo Dr. Stevens e sua auxiliar, Alice. A ditadura de seus atos era algo jamais visto na história da humanidade, de forma que àqueles que presenciavam suas atrocidades restava o silêncio, caso não quisessem se juntar à horda de zumbis que assolava o mundo externo.
Esse terceiro volume da série satisfaz o apetite de muitos fãs da franquia The Walking Dead, quando promove a interligação das três mídias: as histórias em quadrinhos, o seriado televisivo e os livros. Durante a narrativa, um trio chega a Woodbury. São Michonne, Rick e Gleen, que foram capturados por Martinez e levados ao Governador como ameaça em potencial. O que acontece é um show de atrocidades da mais cruel categoria: Rick tem a mão direita decepada pelo Governador; Michonne é abusada e espancada covardemente; Gleen é mantido em cárcere e torturado como uma isca para que os capangas descubram a verdade sobre alguns rumores a respeito de certa prisão nos arredores. Na verdade, o trio vinha de um refúgio muito mais seguro e Philip desejava, a qualquer custo, apoderar-se do local. O conflito de interesses colocaria à prova o poder de comando do Governador e a segurança do grupo de Rick. A pequena sociedade de Woodbury chegava a um ponto onde ninguém era digno de confiança, principalmente aqueles que garantiam a segurança e manutenção da ordem no local.
Um aspecto interessante que se pode destacar é a percepção construída a partir de três visões diferentes: a do povo de Woodbury, que via na pessoa do Governador a figura de um líder emergente, capaz de garantir-lhes um mínimo da dignidade que perderam com o início da praga; Lily Caul e Austin, cujo clima de romance, dava-lhes esperança de que dias melhores viriam; Rick, Michonne e Gleen, que tinham consciência de ter encontrado uma ameaça ainda mais temível do que a própria horda de zumbis.
Dos três primeiros livros lançados, talvez esse seja o mais digno de representar o universo de The Walking Dead: muitos zumbis, inúmeros detalhes sórdidos e nojentos, ataques inesperados de humanos e mortos-vivos, um clima de tensão, medo e suspense sempre presente, desafiando o leitor a parar de ler, se for capaz. Embora introduza a figura dos protagonistas do seriado lançado pela AMC, a figura central de toda a narrativa continua sendo o Governador com sua personalidade dúbia e perversa. Dessa forma, a tônica da narrativa possui um escopo muito mais político do que ligado à sobrevivência e destruição dos mortos-vivos. É também uma leitura obrigatória para os fãs da série, já que fornece detalhes e histórias que as outras mídias não aprofundam o suficiente (por exemplo, Lily Caul, que nas histórias em quadrinhos tem um papel importante na “queda do Governador”).
Woodbury era uma “ilha” rodeada pelos temíveis mortos-vivos, de forma que, dentro de seus limites, todos estavam seguros. A imagem benéfica de Philip era a bandeira de sua campanha entre os habitantes. Seu lado perverso era conhecido somente pelos seus capangas, pelo Dr. Stevens e sua auxiliar, Alice. A ditadura de seus atos era algo jamais visto na história da humanidade, de forma que àqueles que presenciavam suas atrocidades restava o silêncio, caso não quisessem se juntar à horda de zumbis que assolava o mundo externo.
Esse terceiro volume da série satisfaz o apetite de muitos fãs da franquia The Walking Dead, quando promove a interligação das três mídias: as histórias em quadrinhos, o seriado televisivo e os livros. Durante a narrativa, um trio chega a Woodbury. São Michonne, Rick e Gleen, que foram capturados por Martinez e levados ao Governador como ameaça em potencial. O que acontece é um show de atrocidades da mais cruel categoria: Rick tem a mão direita decepada pelo Governador; Michonne é abusada e espancada covardemente; Gleen é mantido em cárcere e torturado como uma isca para que os capangas descubram a verdade sobre alguns rumores a respeito de certa prisão nos arredores. Na verdade, o trio vinha de um refúgio muito mais seguro e Philip desejava, a qualquer custo, apoderar-se do local. O conflito de interesses colocaria à prova o poder de comando do Governador e a segurança do grupo de Rick. A pequena sociedade de Woodbury chegava a um ponto onde ninguém era digno de confiança, principalmente aqueles que garantiam a segurança e manutenção da ordem no local.
Um aspecto interessante que se pode destacar é a percepção construída a partir de três visões diferentes: a do povo de Woodbury, que via na pessoa do Governador a figura de um líder emergente, capaz de garantir-lhes um mínimo da dignidade que perderam com o início da praga; Lily Caul e Austin, cujo clima de romance, dava-lhes esperança de que dias melhores viriam; Rick, Michonne e Gleen, que tinham consciência de ter encontrado uma ameaça ainda mais temível do que a própria horda de zumbis.
Dos três primeiros livros lançados, talvez esse seja o mais digno de representar o universo de The Walking Dead: muitos zumbis, inúmeros detalhes sórdidos e nojentos, ataques inesperados de humanos e mortos-vivos, um clima de tensão, medo e suspense sempre presente, desafiando o leitor a parar de ler, se for capaz. Embora introduza a figura dos protagonistas do seriado lançado pela AMC, a figura central de toda a narrativa continua sendo o Governador com sua personalidade dúbia e perversa. Dessa forma, a tônica da narrativa possui um escopo muito mais político do que ligado à sobrevivência e destruição dos mortos-vivos. É também uma leitura obrigatória para os fãs da série, já que fornece detalhes e histórias que as outras mídias não aprofundam o suficiente (por exemplo, Lily Caul, que nas histórias em quadrinhos tem um papel importante na “queda do Governador”).
REFERÊNCIA LITERÁRIA
Título: Walking Dead, The
Subtítulo: a queda do Governador - Parte Um
Autoria: Robert Kirkman / Jay Bonansinga
Editora: Galera Record
Ano: 2014
Local: São Paulo
Edição: 6ª
Série: The Walking Dead -
Livro III
Gênero: Zumbi | Suspense
Confira o trailer da série lançada em 2010:
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