Como uma
obra de enaltecimento de um personagem ilustre, em A Invenção de Hugo Cabret o autor busca elogiar o trabalho de
Marie-Georges-Jean-Méliès (1861 – 1938) um ilusionista francês que também foi
um dos precursores do cinema. Desta forma, embora sua personalidade tenha sido
imaginada pelo autor, Brian Selznick cria um romance interessante e prazeroso
de ser lido por adultos e jovens, principalmente pela riqueza de ilustrações
que contribuem significativamente para a narração da história. A obra também
foi adaptada para as telas do cinema em 2011 e venceu vários Oscar.
Em uma estação de trens de Paris, mais precisamente no ano de 1931, vivia um menino órfão chamado Hugo Cabret. Havia perdido o pai em decorrência de um incêndio no sótão do museu em que trabalhava consertando relógios e outros objetos. De sua família restara somente um tio alcoólatra, Claude, que fora encontrado morto pouco tempo depois, como um indigente. Claude era o responsável pelo relógio da estação de trem, zelando para que não atrasasse. Hugo aprendera o ofício com o tio e, após sua morte, continuou a exercê-lo com dedicação, de forma que jamais qualquer pessoa desconfiou da morte do verdadeiro relojoeiro, nem mesmo o inspetor da estação.
Embora sozinho no mundo, Hugo tinha um companheiro: um autômato que fora encontrado no prédio do museu. O sonho de Hugo era consertá-lo e descobrir a mensagem que seria escrita, mesmo duvidando que aquilo lhe pudesse trazer grandes surpresas. Para isso, valia-se de um caderno com figuras do passo a passo de montagem do autômato. Tudo era questão de encaixar corretamente centenas de engrenagens e peças que o constituíam e depois acioná-lo com uma chave. Contudo, Hugo não tinha todas as peças e nem sequer a chave, de forma que, muitas vezes roubava aquilo que pensava pudesse ser útil no empreendimento.
Uma das maiores vítimas do garoto era o Sr. Méliès, dono de uma Loja de Brinquedos na estação. Contudo, em uma das investidas, o garoto fora surpreendido pelo comerciante que lhe roubou o caderno, prometendo queimá-lo. Tudo estaria acabado caso isso acontecesse. Seguindo o velho até sua casa, Hugo conheceu a sobrinha dele, Isabelle, que, mesmo desconfiada frente à insistência do garoto em ter o caderno de volta, prometera-lhe recuperá-lo, sob a condição de que lhe revelasse o conteúdo. Hugo aceita e, mesmo desconfiado, revela-lhe também seu esconderijo e a estranha figura do autômato: um homem sentado a uma mesa. Quando os garotos finalmente conseguem as peças necessárias para que funcionasse, o homem mecânico ilustra sua mensagem em uma folha em branco, deixando-os ainda mais assustados: não era um texto e sim um quadro assinado por Georges Méliès. Diante disso, muitas revelações vêm à tona e acabam por resgatar a obra famosa de um grande artista até então escondido.
A aventura vivida pelas duas crianças recupera o encanto dos primórdios do cinema. O estilo narrativo de textos intercalados com imagens simula uma película cinematográfica, conferindo mais criatividade e dinâmica ao enredo. A parte em que Etienne, um garoto que trabalhava no cinema, leva Hugo e Isabelle para assistirem a uma sessão, encanta pelo vislumbramento nos olhos das crianças ao presenciarem a magia daquele universo imaginário, retratado em uma única cena: um trem que parte de uma estação e parece quase saltar da tela em direção ao público. A obra também traz imagens de obras importantes de Georges Méliès como: A chegada de um trem a La Ciotat (1895), Uma Viagem à Lua (1902) e A Relojoaria (1931). Enfim, o desfecho deixa a bonita lição dos talentos que não devem ser escondidos, mas compartilhados para outras pessoas se beneficiem do belo universo imaginários de que somos dotados.
Em uma estação de trens de Paris, mais precisamente no ano de 1931, vivia um menino órfão chamado Hugo Cabret. Havia perdido o pai em decorrência de um incêndio no sótão do museu em que trabalhava consertando relógios e outros objetos. De sua família restara somente um tio alcoólatra, Claude, que fora encontrado morto pouco tempo depois, como um indigente. Claude era o responsável pelo relógio da estação de trem, zelando para que não atrasasse. Hugo aprendera o ofício com o tio e, após sua morte, continuou a exercê-lo com dedicação, de forma que jamais qualquer pessoa desconfiou da morte do verdadeiro relojoeiro, nem mesmo o inspetor da estação.
Embora sozinho no mundo, Hugo tinha um companheiro: um autômato que fora encontrado no prédio do museu. O sonho de Hugo era consertá-lo e descobrir a mensagem que seria escrita, mesmo duvidando que aquilo lhe pudesse trazer grandes surpresas. Para isso, valia-se de um caderno com figuras do passo a passo de montagem do autômato. Tudo era questão de encaixar corretamente centenas de engrenagens e peças que o constituíam e depois acioná-lo com uma chave. Contudo, Hugo não tinha todas as peças e nem sequer a chave, de forma que, muitas vezes roubava aquilo que pensava pudesse ser útil no empreendimento.
Uma das maiores vítimas do garoto era o Sr. Méliès, dono de uma Loja de Brinquedos na estação. Contudo, em uma das investidas, o garoto fora surpreendido pelo comerciante que lhe roubou o caderno, prometendo queimá-lo. Tudo estaria acabado caso isso acontecesse. Seguindo o velho até sua casa, Hugo conheceu a sobrinha dele, Isabelle, que, mesmo desconfiada frente à insistência do garoto em ter o caderno de volta, prometera-lhe recuperá-lo, sob a condição de que lhe revelasse o conteúdo. Hugo aceita e, mesmo desconfiado, revela-lhe também seu esconderijo e a estranha figura do autômato: um homem sentado a uma mesa. Quando os garotos finalmente conseguem as peças necessárias para que funcionasse, o homem mecânico ilustra sua mensagem em uma folha em branco, deixando-os ainda mais assustados: não era um texto e sim um quadro assinado por Georges Méliès. Diante disso, muitas revelações vêm à tona e acabam por resgatar a obra famosa de um grande artista até então escondido.
A aventura vivida pelas duas crianças recupera o encanto dos primórdios do cinema. O estilo narrativo de textos intercalados com imagens simula uma película cinematográfica, conferindo mais criatividade e dinâmica ao enredo. A parte em que Etienne, um garoto que trabalhava no cinema, leva Hugo e Isabelle para assistirem a uma sessão, encanta pelo vislumbramento nos olhos das crianças ao presenciarem a magia daquele universo imaginário, retratado em uma única cena: um trem que parte de uma estação e parece quase saltar da tela em direção ao público. A obra também traz imagens de obras importantes de Georges Méliès como: A chegada de um trem a La Ciotat (1895), Uma Viagem à Lua (1902) e A Relojoaria (1931). Enfim, o desfecho deixa a bonita lição dos talentos que não devem ser escondidos, mas compartilhados para outras pessoas se beneficiem do belo universo imaginários de que somos dotados.
REFERÊNCIA LITERÁRIA
Título: Transforme seu Medo
Subtítulo: impulsos espirituais
Autoria: Anselm Grün
Editora: Vozes
Ano: 2008
Local: Petrópolis
Edição: 1ª
Gênero: Espiritualidade
Confira o trailer da adaptação para o cinema lançada em 2012: