sábado, 23 de novembro de 2013

O Ninho dos Gaviões (José Maviael Monteiro)


            No ano de 1987, o Clube Amigos da Montanha completaria mais um ano de existência e, a esse festejo, juntava-se a comemoração de 200 anos de alpinismo. Para celebrar a data os integrantes do clube decidiram fazer uma escalada ao pico conhecido como "Ninho dos Gaviões". Situado na Serra do Mar, fronteira entre os estados brasileiros do Rio de Janeiro e de São Paulo, o Ninho dos Gaviões era pouco conhecido devido à dificuldade de acesso. Como o desafio não poderia ser encarado por todos os membros, foram escolhidos como representantes, a equipe formada por Cezarone, Élzer, Ângela e Ronaldo.
            O resultado da eleição não foi satisfatório para todos, pois gerou uma desconfiança de fraude. Alpinistas plenamente reconhecidos como alguns dos melhores profissionais do clube haviam ficado de fora, sem qualquer explicação convincente. Para escalar uma montanha tão perigosa, o fator experiência era algo que contava muito. Com isso, revoltados, Oswaldo, Alfredo, Dagomir e Márcia decidiram formar uma equipe dissidente, que também escalaria o monte, antes que a equipe eleita o fizesse. Márcia tinha ainda um objetivo especial, que seria escrever a mensagem "Márcia esteve aqui!" no alto do pico, como forma de vingar-se de Ronaldo.
            Faltando poucos dias para a data marcada para a aventura, as duas equipes foram surpreendidas por eventos misteriosos: bilhetes de alerta para que não partissem foram enviados a Márcia e Ronaldo de forma anônima; a sede do clube havia sido arrombada e os bandidos haviam levado somente câmeras fotográficas, fotos e slides com imagens do pico; Dagomir sofrera uma tentativa de atropelamento quando passeava com a noiva Tânia, o que o impossibilitara integrar a equipe; Ronaldo também sofrera um atentado através do ataque de um bêbado em um bar, e quase fora gravemente ferido.
            Acontecimentos a parte, Alfredo, Márcia e Oswaldo se anteciparam e seguiram rumo ao Ninho dos Gaviões. Na Vila de Paramim o trio foi alertado pelos moradores sobre as estranhas luzes que viam no pico, sinais de que aquele era um lugar assombrado. Porém, nada disso os fez desistir e eles empreenderam a escalada com valentia. Em outro plano, a polícia prosseguia nas investigações sobre o arrombamento. Os materiais roubados haviam sido encontrados na mesma cena do crime onde o traficante Nenê fora executado, dentro do mesmo fusca que atentara contra a vida de Dagomir. Era uma pista crucial para o detetive Santini. Contudo, o maior perigo pairava sobre os três alpinistas, já que os indícios apontavam o Ninho dos Gaviões como um covil de bandidos, usado para esconder o refino de drogas.
            Mesmo bastante simples e sucinto, a história não deixa de ser divertida e cheia de suspense. As rivalidades entre os membros estendem-se também às emissoras de televisão, nas quais a TV Panorama e TV Bonsucesso se confrontavam em busca da melhor cobertura daquela escalada histórica. O resultado é uma imagem digna de um prêmio, enquanto Ronaldo e Marco Antônio (TV Panorama) se revoltavam com a conquista obtida pela outra equipe.


REFERÊNCIA LITERÁRIA
Título:       Ninho dos Gaviões, O
Autoria:     José Maviael Monteiro
Editora:     Ática
Ano:          1988
Local:        São Paulo
Edição:     
Série:        Coleção Vaga-lume
Gênero:     Infanto-juvenil | Aventura

sábado, 9 de novembro de 2013

O Senhor dos Aneis: o retorno do rei (J. R. R. Tolkien)



            A principal obra de Tolkien traz nesta terceira parte o desfecho da empreitada iniciada no condado dos hobbits, rumo à destruição do Anel de Poder de Sauron. Muito já havia sido percorrido mas, os revezes da aventura e as dificuldades que surgiam distanciavam os encarregados da missão de seu objetivo, quanto mais se aproximavam das Montanhas da Perdição de Mordor. Muito suspense e adrenalina prometem ao corajoso leitor que percorreu a aventura, uma emocionante conclusão.
            A Comitiva do Anel se desmembrara: Frodo e Sam estavam nas terras escuras de Mordor, juntamente com Sméagol (Gollum), guiados pelo conhecimento nada confiável desta criatura; Gandalf (Mithrandir) e Pippin (Peregrin) ficaram em Minas Tirith, a serviço do regente de Gondor, Denethor, e o pequeno hobbit era diretamente vigiado pelo mago, após quase por tudo a perder ao se revelar a Sauron através de um palantíri (pedra vidente de Númenor); Aragorn (Passolargo), Gimli e Legolas enveredaram pelas perigosas Sendas dos Mortos, no intuito de buscar nas profundezas, reforços para a batalha; Merry (Meriadoc) ficara só, na companhia do rei de Rohan, Théoden, e seus cavaleiros, marchando juntos para a maior batalha da Terra-média. A guerra do anel estava prestes a começar.
            O líder dos homens selvagens da floresta, Ghân-buri-Ghán, aliara suas tropas às do rei Théoden. Os guerreiros se animaram diante da notícia de que dois hobbits tinham sido vistos nas terras de Mordor, mas a apreensão os abatia, já que era a parte mais perigosa e incerta de todo o trajeto. Faramir e Éowyn, senhora de Rohan, haviam partido para a batalha, esta segunda contra as recomendações de Aragorn. Os dois foram gravemente feridos e quase pereceram. Faramir chegou a ser dado como morto e quase fora queimado na fogueira feita por seu pai, o regente de Gondor, Denethor, sendo salvo pelo servo Berengond. Com um gênio difícil de lidar, no auge do desespero, Denethor suicidara. Faramir e Éowyn ficaram em recuperação nas Casas de Cura de Gondor.
            A guerra estava declarada e Sauron direcionara seus exércitos para destruir Gondor e encontrar o anel. As tropas avassaladoras de orcs avançavam altivas sobre as defesas. O ímpeto corajoso pela luta não era proporcional ao número de cavaleiros de Rohan diante dos infindáveis exércitos inimigos. Num golpe fatal, o rei Théoden fora morto em batalha e Aragorn seria eleito para o trono. A única esperança estava no êxito da missão do Portador do Anel, em destruí-lo no fogo das montanhas em que fora forjado. Todavia, Sméagol era uma criatura traiçoeira e faria o que fosse necessário para ter de volta seu precioso.
            Tendo cumprido a sublime tarefa, Frodo e Sam foram resgatados por Gwaihir (Senhor dos Ventos), Landroval e Meneldor, grandes águias conduzidas por Gandalf. Agora os hobbits poderiam voltar para suas tranquilas tocas hobbits e desfrutar a paz reinante na Terra-média. Contudo, tal regresso trouxe uma nova surpresa: o Condado fora destruído e o pouco que restara em pé era dominado por rufiões, que oprimiam os habitantes. Mais uma vez Saruman, agora conhecido como Charcote, estava por trás disso e, junto com ele, Língua de Cobra. Alguns hobbits foram mortos naquela que ficou conhecida como a Batalha de Beirágua (1419), mas saíram vitoriosos. Era o início de uma nova era, não mais dominada pelas forças das trevas, mas marcada pelo domínio pacífico dos homens.


REFERÊNCIA LITERÁRIA
Título:       Senhor dos Aneis, O
Subtítulo:  o retorno do rei
Autoria:     J. R. R. Tolkien
Editora:     Martins Fontes
Ano:          2000
Local:        São Paulo
Edição:     
Série:        Senhor dos Aneis, O - Livro III
Gênero:     Fantasia | Aventura

Confira o trailer da adaptação para o cinema lançada em 2003: